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O que sabemos sobre autoestima

Ouvimos falar bastante de autoestima, no entanto não sabemos muito bem como ela funciona e como ela é edificada. O que sabemos, a autoestima é vital para o nosso bem-estar psicológico e sua ausência, não  supre muitas das nossas necessidades básicas, é um construto subjetivo, medida por meio do auto relato.

Não existe um consenso entre os pesquisadores sobre como é desenvolvida a autoestima, algumas pesquisas sugerem que a autoestima surge quando a criança constrói crenças sobre seus talentos em domínios específicos, enquanto outros pesquisadores dizem que ela evolui a partir de experiências iniciais de relacionamentos interpessoais significativos.

Normalmente, os pesquisadores distinguem entre autoestima global e específica de domínio. Global, refere-se a como o indivíduo avalia seu valor, enquanto a especificidade do domínio indica sentimentos de valor em uma única área, como aparência física, relacionamentos e capacidade intelectual. As investigações sobre autoestima reconhecem a importância do ambiente familiar, incluindo a qualidade da relação parental (Orth & Robins, 2019).

Todos nós diferimos em como nossa autoestima muda ao longo do tempo. Muitas dessas diferenças individuais são influenciadas, por fatores como: gênero e etnia, relações sociais, status socioeconômico, sucesso no trabalho, eventos de vida estressantes e Contexto cultural.

Sendo que as relações sociais têm um impacto considerável na nossa autoestima. Ela é um medidor interno do grau em que a necessidade de inclusão social do indivíduo é satisfeita ou ameaçada (Orth & Robins, 2019, p. 336).

Um elemento negativo, que contribui para a percepção da baixa autoestima são pensamentos depreciativos de quem somos e frequente  autocrítica, que  alimentam um ciclo de comportamentos  auto sabotadores.

Embora possa parecer que nossa autocrítica pode estar além de nosso controle, essa afirmação não é completamente verdadeira. O problema é que estamos tão acostumados a ouvir a autocrítica que esquecemos como desligá-la; no entanto, podemos mudar isso.

Quando aprendemos a desligar ou refutar nossa autocrítica , podemos interromper o ciclo de auto sabotagem e recuperar o controle antes de prejudicar nosso senso de autoestima e valor próprio.

É importante ressaltar que pesquisas sugerem que a terapia pode aumentar o senso de autoestima dos clientes; que começam a se ver como mais merecedores e capazes (McKay & Fanning, 2016).

Técnicas usadas em terapia, como a reestruturação cognitiva, podem ajudar a lidar com a autocrítica. No entanto, o primeiro passo para superar este ciclo de auto sabotagem é se tornar consciente das situações mais vulneráveis, por exemplo: situações em que ocorrem erros, possibilidade de fracasso ou rejeição. Situações como essas tendem a trazer pensamentos negativos sobre quem somos.

Com a percepção dos pensamentos negativos, pode-se entender qual é a resposta crítica que elaboro para a situação e ter a oportunidade de confrontar essas ideias. Este exercício de observação e identificação pode ajudá-lo a reconhecer o seu senso crítico interno e te auxiliar a elaborar respostas mais coerentes com a realidade e poder construir uma sólida autoestima.

Referência: 

How to Boost Self-Esteem: 12 Simple Exercises & CBT Tools 24 Jul 2021 by Jeremy Sutton, Ph.D.

Orth, U., & Robins, R. W. (2019). Development of self-esteem across the lifespan. In D. P. McAdams, R. L. Shiner, & J. L. Tackett (Eds.), Handbook of personality development (pp. 328–344). Guilford Press.

ANA CAROLINA SCARANO, CRP 06/145828